domingo, 4 de março de 2007

(só pra entender)

Falar algo sobre um conjunto de cidades em que tivemos a oportunidade de “conhecer” por apenas algumas horas ou por poucos dias não é nada fácil. Por outro lado, ensaiar e depois pôr na roda algo de sua generalidade, “aquilo que em todo lugar tem”, como se diz no senso comum, não só é possível, mas também é extremamente necessário. É possível porque a organização das cidades, das maiores às menores, dá-se, basicamente, na forma de “padrões” (mas que possuem especificidade e constante dinamismo) político-institucionais, administrativos, jurídicos e político-econômicos. É necessário porque todos esses padrões não são obra da natureza do mundo ou de algo divino: “não são assim e pronto!” ou “sempre foram assim”. Ao contrário, são obra dos homens ao longo do tempo e do espaço e expressam as (suas) lutas (pela manutenção do poder político, econômico, etc. por alguns contra aqueles que querem com ele romper ou tomá-lo para si).

Aproveitando-me das possibilidades ditas acima, faço a partir de agora uma “mistura interpretativa” para os leitores das impressões que tive, e de outras. Ou seja, deixo-as aqui nestas páginas misturando os ditos padrões ao que de único cada cidade foi oferecendo a todo momento para nós. Essas impressões são, portanto, fruto de nossas reflexões – conjuntas e individuais –, propiciadas em 25 dias, ao longo dos quais passamos por Ciudad Del Este (durante algumas horas), no Paraguai, e outras doze cidades da Argentina e da Bolívia.
por Luiz

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