terça-feira, 13 de março de 2007
a primeira fronteira
A fronteira paraguaia é totalmente diferente da argentina. A começar do ônibus: desde o piso, o trajeto, as cadeiras e o preço, os passageiros e o motorista. Para chegar em Puerto Iguazú, tudo é mais tranqüilo, mais verde, menos quente e com menos gente. Tem fronteira com passaporte e visto e, dali pra frente, o idioma oficial é o castellano. Nada de português ou coisa de portunhol, pelo menos vindo dos nativos.
É como se os paraguaios estivessem na terceira classe daquele mundo sujo, mediado unicamente pelo dinheiro de quem vem comprar quinquilharias e os argentinos fossem simplesmente normais.
Puerto Iguazú me lembrou Cardeal Mota, na Serra do Cipó pela terra meio avermelhada. O meu sentimento com Puerto Iguazú foi pobre. Era como se fosse somente uma ponte até Buenos Aires, como se não houvesse mais país até lá. Para mim, soava um pouco estranho ali ter casas, ter a farmácia, a padaria, o chaveiro. E me parece ser o meu sentimento o de todos, tirando as máscaras. Tive a impressão de todos estarem usando Puerto Iguazú para chegar a Buenos Aires como se lá fosse o único lugar da Terra. Como se fosse literalmente uma ponte imaginária. Pode ser pelo nome “puerto”, que inspira essa coisa de transitório. É como uma varanda que separa a sala da rua. Venta mas não chove. Fala-se castellano mas tem cara de Serra do Cipó.
Infelizmante, não tenho fotos... problemas técnicos ocorreram, depois conto. Pra quem tiver curiosidade...http://www.iguazu.gov.ar/index.htm...
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Um comentário:
Às vezes a gente não percebe, que de tão grande, o Brasil tem uma diversidade enorme e mesmo precariamente, parece um país completo, porque tem indústria, comércio, agricultura, educação e desenvolvidos, ainda que artificialmente. É estranho perceber que uma nação, que deveria ter uma identidade e soberania, na verdade, tem como função primária ser satélite de outros paises... (gostei de me ver alí do lado!)
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